sexta-feira, 6 de abril de 2012

Um espelho enorme em pleno deserto,
no meu rosto estava escrito.
Em meio ao silêncio se ouvia meu desespero.
Eu grito e morro em mim.
Essa dor é minha e só eu a compreendo.
Não!Não adianta! Isso é bem irreal!
Toda vez correndo atrás deste coelho,
e toda vez caindo na mesma peça.
Caindo no mesmo buraco fundo.
E no país do espelho eu me vejo,
lá dentro sou eu, mas é ao contrário.
Sou eu e minha falsa alegria.
Eu e minha falsa esperança.
Nada nunca dá certo!
Nada comigo é certo!
Porque sou errada em mim.
Mergulho e morro nesse maldito rio.
Que vai me levando pro desconhecido..
E tudo vai,nada fica. E tudo morre, e tudo vem.
E é assim minha pobre vida. Tudo vai, nada fica.
E tudo morre, e tudo vem.
Voltam aquelas feridas!
Só não voltam as alegrias que andam de trem.


Renata Moreira

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